O controle de acesso à internet permite que a empresa restrinja o acesso a sites, conteúdos ou plataformas suspeitas e que possam representam riscos para a sua infraestrutura de TI. É uma medida de segurança mais restritiva e que deve ser desenvolvida tomando todos os cuidados necessários para não atrapalhar o desenvolvimento das atividades na empresa.
A internet se tornou uma entidade onipresente no mundo corporativo contemporâneo. O acesso à rede mundial de computadores é usado para inúmeras funções dos mais diversos setores. E para assegurar que o melhor da internet seja aproveitado sem que seu pior prejudique o seu negócio, é importante estabelecer um controle de acesso à internet.
De microempreendedores a grandes corporações mundiais, é impossível imaginar um negócio que não precise da internet em seus processos. Desde responder clientes por meios simples como o Whatsapp e usar a maquininha de cartão ao armazenamento de dados em nuvem e IoT, a internet está presente.
Mas ao mesmo tempo que a internet é o meio para grandes soluções corporativas, seu uso descontrolado pode deixar sua rede corporativa vulnerável.
Preparamos algumas dicas e informações para você entender a importância do controle de acesso à internet no ambiente corporativo e como realizar esse gerenciamento.
Por que fazer o controle de acesso à internet na sua empresas?
A internet é a principal porta de entrada de ameaças à segurança da informação de uma empresa. E-mails de phishing, downloads de origem não confiável e acesso a sites suspeitos são alguns dos caminhos mais usados por criminosos para ataques cibernéticos.
O controle do acesso à internet no ambiente corporativo é uma das ferramentas para mitigar os riscos oferecidos por essas ameaças, que deve ser aliado a outros recursos de segurança da informação.
Caso a empresa tenha uma política mais restritiva de acesso, o controle de acesso à internet também contribuir para diminuir o acesso a contas de e-mails pessoais, redes sociais, sites de e-commerce, entretenimento ou mesmo de conteúdo ilegal durante o período de trabalho.
Alguns gestores acreditam que o uso excessivo da internet para fins pessoais pode atrapalhar o rendimento e dificulta a concentração das pessoas em suas tarefas. Esses acessos não relacionados ao trabalho podem ocupar uma capacidade da banda da internet, importante para assegurar a velocidade dos processos da empresa.
Ou seja, o acesso irrestrito à internet desperdiça recursos e aumenta os riscos de ciberataques. O controle de acesso, por sua vez, ainda promove compliance com a LGPD, que regula o tratamento de dados sensíveis de clientes e usuários.
Como controlar o acesso à internet na empresa?
Departamentos diferentes de uma empresa têm demandas diferentes em relação à rede. Enquanto o time de produção de uma fábrica quase não vai usar a internet, os times de marketing, vendas e atendimento ao cliente devem estar conectados para atividades rotineiras, o tempo todo.
Por isso, o primeiro passo para estabelecer um controle de acesso à internet é mapear as necessidades de cada departamento. Se o time de marketing precisa do acesso às redes sociais mas o time jurídico não, suas permissões podem ser configuradas de acordo.
Os diferentes níveis de acesso podem ser especificados pelo login do usuário, por dispositivo ou mesmo pelo horário. Caso a empresa entenda que estas restrições sejam necessárias, o controle pelo horário permite que se estabeleça períodos do dia em que o acesso a contas pessoais e redes sociais seja liberado, por exemplo, para criar intervalos de respiro e descontração,.
Esses intervalos são importantes para melhorar o foco durante o trabalho e evita tentativas de burlar um sistema muito restrito para empresas que o fazem. Afinal, ficar assistindo vídeos no horário de trabalho pode ser contraproducente, mas zapear sua rede social no momento do cafezinho pode aliviar as tensões e renovar o foco.
Além de momentos de intervalo, existem segmentos de atuação que demandam maior liberdade de acesso. A restrição de áreas criativas como marketing, publicidade e pesquisa e inovação deve ser feita com cautela, de forma a não prejudicar o processo de pesquisa, referência e inspiração próprio da profissão.
Além de mapear a necessidade de cada departamento e habilitar o acesso apenas ao necessário para cada um, quando a empresa julgar adequado, é importante aliar o bloqueio a outras barreiras de proteção de dados. Os recursos de segurança devem estar integrados, convergindo em uma mesma política de segurança da informação.
Ferramentas como firewalls, proxies e o controle de acesso a dados sensíveis são essenciais para complementar a proteção da rede corporativa.
Como garantir a segurança e controle da internet no trabalho remoto?
Com o crescimento da adesão ao trabalho remoto ao longo de 2020, surgiram novas preocupações com a segurança da informação em redes não controladas. Quando se está fora da empresa e da rede corporativa, é preciso tomar cuidados especiais para assegurar a proteção.
Em uma rede doméstica ou em uma conexão pública, o tráfego de dados é, normalmente, dividido entre o que transita seguramente na VPN da empresa e o que transita livremente. Isso significa brechas de segurança e maior vulnerabilidade.
Com frequência, as pessoas utilizam o mesmo dispositivo para fins profissionais e pessoais. Após o final do expediente, o mesmo computador se torna o meio para acessar redes sociais, fazer compras on-line, usar serviços de streaming ou até mesmo acessar conteúdos ilegais.
Uma vez deslogados da rede segura da empresa, ficam suscetíveis a contaminar o computador com malwares durante sua navegação de lazer. Então, toda a estratégia de segurança e proteção terá sido superada e vencida. Uma solução é adotar filtros de navegação em nível de End Point, evitando e bloqueando acessos duvidosos na última camada de comunicação do computador.
Como monitorar o acesso à internet?
Além das ferramentas de bloqueio de acesso, é possível monitorar a navegação. Essa medida permite um controle minucioso de sites que estão sendo acessados, tempo gasto e tentativas de acesso a sites bloqueados para empresas com políticas mais restritivas.
Apesar de parecer uma medida extrema e invasiva, pode ser a solução em casos de reincidência de acessos indesejados e tentativas de fraudar o sistema de segurança. Esse tipo de monitoramento pode ser feito pela empresa, desde que seja explicitamente comunicado aos seus profissionais.
Com o acompanhamento dos acessos à internet, ainda é possível mapear quais tipos de funções requerem maior capacidade de rede. Essa análise ajuda no dimensionamento da infraestrutura e otimiza o uso dos recursos.
Por fim, todos os recursos usados para controle de acesso à internet e para segurança da informação devem ser comunicados aos usuários. Além da obrigatoriedade de explicitar o uso desse tipo de controle, é fundamental que todos compreendam a importância dessas ferramentas, respeitem as regras e adotem as boas práticas.
Fonte: https://www.microcity.com.br/controle-de-acesso-a-internet/