Cloud Computing já não é mais uma novidade para ninguém. No ano que estamos, 2020, diversas tipos de negócio só foram possíveis através do uso na computação em nuvem. Afinal de contas empresas como Uber, Netflix e Airbnb tem os seus sistemas computacionais todos baseados em cloud computing.
Não tenho dúvidas que se nós ainda tivéssemos acesso apenas a computação tradicional, on premisse, dentro de datacenters locais com estruturas complexas e caras, essas grandes empresas não teriam o mesmo case nem o mesmo sucesso que elas tiveram através da computação em nuvem.
Então se você ainda não conhece a cloud computing e os principais conceitos que esse tipo de computação oferece vem comigo que eu vou escrever uma série de artigos sobre o tema.
Definição da Computação em Nuvem
Já ouvi diversos tipos de abordagem que explicam o que de fato é a computação em nuvem, mas depois de tanto ler sobre o tema eis que eu gosto de utilizar a seguinte descrição:
Cloud Computing é a entrega sob demanda (on demand) de diversos recursos computacionais com por exemplo, servidores, banco de dados, mídias de armazenamento, aplicações ou qualquer outro recurso de tecnologia que é entregue através de uma plataforma. Essa plataforma deve ser toda gerenciada por um um dashboard web através do Internet aonde o pagamento é inteiramente baseado em consumo (pay-as-you-go).
Ou seja, podemos notar que para provisionar um ambiente de cloud, nós devemos sim ter um painel web aonde você mesmo consiga fazer o deploy e as configurações do seu ambiente.
Isso quer dizer que se por um acaso você tem um servidor externo a sua infraestrutura, mas que determinada configurações dependem de um terceiro, isso não é cloud computing.
Com a computação em nuvem VOCÊ deve ter total autonomia do seu ambiente.
Vantagens com a Computação em Nuvem
Agora que vimos o que de fato é a cloud computing, vou listar também algumas das principais vantagens de se utilizar esse modelo computacional.
Modalidade de Gastos
Com a computação em nuvem é possível ter um outro modo a gerenciar os gastos com tecnologia. Afinal de contas não é necessário fazer aquele alto investimento em capex (despesas de capital) com servidores, rede, armazenamento, nobreaks e refrigeração dentro de um datacenter local por exemplo. Essa outra modalidade seria através de opex (despesas operacionais), já que você vai pagar pelo montante da operação que você vai estar usufruindo através computação em nuvem em si.
Computação na Medida Exata
A análise na hora de se arquitetar um datacenter é uma tarefa bem complexa. Diversos fatores devem ser levados em conta para que você consiga dimensionar todos os componentes envolvidos. É necessário verificar os servidores, poder de processamento, quantidade de armazenamento, rede, roteamento, consume de Internet e por ai vai. Enfim, diversos itens devem ser levados em conta no momento em que se esta montando um datacenter interno. Porém, mesmo depois de tudo e instalado, pode ser que a empresa venha a crescer rapidamente e todo a analise e dimensionamento feito anteriormente pode ser que já não seja o suficiente para atender todos os requisitos do negócio, dessa forma, mais investimento em equipamentos e hardware vão ser necessários bem como toda a reconfiguração desses itens.
Eis que com a computação em nuvem isso não é necessário, já que você consome exatamente o que você quer. Afinal de contas você contrata tudo aquilo que você necessita e paga apenas por isso.
Economia em Larga Escala
Todos os principais provedores de cloud computing atuais, possuem um poder de compra muito grande. O investimento que eles fazem em hardware ano a ano é sempre em escala milionária, ou seja, a quantidade de equipamentos que eles compram de uma única vez é muito grande. Pode ter certeza que o preço que esses grandes players de computação em nuvem pagam em cada um dos servidores que eles compram é muito menor do que se você comprar apenas um único servidor para a sua empresa. Em função disso eles conseguem ofertar muitos serviços de uma forma economicamente viável.
Agilidade e Velocidade
Com a cloud computing na grande maioria das vezes é fácil provisionar um serviço, recurso ou aplicação. Isso tudo é feito através do painel do seu provedor de computação em nuvem através de alguns cliques com o seus mouse. É óbvio que você precisa ter o conhecimento necessário para isso, mas o que o quero dizer é que se você colocar na ponta do lápis o tempo que você desprende para fazer a aquisição, instalação e configuração de um servidor é muito, mas muito maior do que provisionar servidores na mesmas escala através da cloud computing.
Abrangência Geográfica
Os players de cloud computing na sua grande maioria, possuem regiões dos seus serviços espalhadas pelo mundo todo. Isso quer dizer que no momento em que você provisiona um recurso da computação em nuvem publicamente na Internet, você ainda consegue escolher qual é a região que esse recurso vai estar disponível. Além disso esse determinado recurso pode estar em múltiplas regiões espalhadas geograficamente. Com isso você ganha uma maior cobertura e uma maior abrangência do seu serviço, afinal de contas o seu cliente da Europa, pode acessar o seu serviço diretamente na Europa, já o seu cliente do Brasil, acessa o seu serviço aqui no Brasil mesmo.
Com isso ganha-se velocidade no acesso já que não temos a dependência de altas latências e muitos saltos de rota entre os países e continentes. Quem ganha é você e o seu cliente.
Conclusão
Vimos aqui apenas algumas considerações minhas em relação a cloud computing. Para muitos a computação em nuvem ainda é uma nova. Entretanto o mercado de trabalho esta repleto de oportunidades e demandas sobre o tema.
Não necessariamente um negócio ou empresa é baseado inteiramente na nuvem. É bem comum termos um ambiente misto com alguns servidores instalados e configurados localmente e alguns determinados tipos de trabalho e workloads na nuvem. Esse tipo de cenário é tipicamente conhecido como ambiente híbrido.
Fonte: https://penseemti.com.br/artigos/cloud-computing-principais-conceitos/