Backup, um procedimento necessário
Como ter a certeza que nossos dados estarão sempre seguros e disponíveis? Como definição, backup é o ato de copiar arquivos, pastas ou discos inteiros (físicos ou virtuais) para sistemas de armazenamento secundários, buscando a preservação dos dados em caso de qualquer problema.
Para que serve manter o backup atualizado?
Somos todos reféns de nossas informações, sejam elas apenas uma lista de contatos do celular ou milhares de prontuários médicos armazenados dentro de grandes servidores.
O objetivo de montar um procedimento de backup, corporativo ou residencial, é ter uma ou mais cópias de segurança fora do sistema principal, seja ele apenas um celular ou um sistema de armazenamento profissional para recuperação dos dados em caso de desastre.
Muitas empresas e usuários domésticos tem utilizado equipamentos como discos externos, pen-drives, drives de mídias ópticas ou sistemas baseados em fita para duplicar suas informações. Além disso, com a redução dos preços da transmissão de dados por cabo ou satélite (banda larga), alguns usuários têm enviado e mantido seus dados como agendas, vídeos e fotos em servidores de terceiros, também conhecidos como servidores de nuvem.
Backup e recuperação
Ao entender e atribuir valor às informações armazenadas, mais empresas e usuários tem buscado alternativas melhores para fazer suas cópias de segurança. Como investir nesse processo assemelha-se a comprar um seguro, o contratante só descobre que fez uma má escolha após se deparar com um sinistro.
O processo de recuperar dados do backup realizado é conhecido como restauração e, mais importante que manter as cópias de segurança atualizadas, conseguir restaurá-las em caso de desastre é imprescindível.
Vulnerabilidades como erros humanos ou de software, corrupção de dados, falha de hardware, invasões virtuais, furtos e eventos como enchentes ou incêndios precisam ser mensuradas antes de definir qual será o melhor plano de backup para cada situação.
Realizar testes de backup e recuperação de dados expõe possíveis falhas para todo tipo de usuário, seja apenas recuperar dados de um celular ou manter um grande datacenter funcionando. Essa prática é muito importante, pois valida a escolha da tecnologia utilizada e apresenta métricas úteis como o tempo parado para restaurar a atividade do sistema caso haja um imprevisto.
Tipos de backup
Apesar de grande parte dos usuários acharem que todos os dados são copiados a cada operação de backup realizada, isso quase nunca acontece. A maioria dos softwares possuem recursos para diminuir o tempo com essa operação, seja copiando dados de uma agenda de um celular ou um banco de dados corporativos.
Assim, a maioria dos softwares de backup monitoram as atualizações das informações e copiam somente os dados alterados. Isso significa menor tempo de cópia, consumo de energia e espaço utilizado, reduzindo assim diversos custos.
Dentre os principais tipos de backup, temos as cópias completas, incrementais e diferenciais. As principais diferenças entre elas é o espaço exigido, o tempo para realização de cada processo e forma de recuperar os dados em caso de desastre.
Além disso, o equipamento e respectivo software para fazer as cópias de segurança podem facilitar ou dificultar a restauração, por isso vale a pena entender melhor sobre o assunto.
Quando devo fazer backup? E com qual periodicidade?
Atribuir valor a qualquer tipo de informação pessoal pode ser um processo subjetivo, pois cada usuário atribuirá a importância de manter seus backups pessoais atualizados de acordo com suas próprias experiências.
Ambientes corporativos permitem uma visão mais objetiva dessa questão, pois métricas como o downtime (tempo parado enquanto o sistema é recuperado) de um servidor empresarial geralmente causa danos financeiros pela interrupção dos serviços, podendo inclusive tornar-se um grande desastre.
De qualquer forma todas as informações armazenadas devem possuir backup, pessoais ou corporativas. A principal razão de fazer backup é que equipamentos sempre falham, por mais seguros que sejam.
Práticas recomendadas sugerem que uma cópia completa dos dados seja feita pelo menos uma vez por semana, geralmente durante finais de semana ou fora do horário comercial. Para suplementar esse backup completo semanal, empresas geralmente agendam tarefas adicionais de backup incrementais ou diferenciais, copiando apenas os dados alterados desde o último backup completo.
Equipamentos utilizados para backup
Os novos equipamentos de backup dedicados como sistemas de discos (NAS) ou drives de fitas evoluíram muito, facilitando muito a proteção dos dados, tanto em residências como em ambientes corporativos. Recursos como agrupamento de discos em arranjos RAID, replicação de dados em tempo real ou a deduplicação das informações armazenadas são apenas algumas tecnologias que atualmente facilitam a proteção de dados.
Gradualmente os sistemas de backup baseados em disco vêm substituindo as tape libraries e autoloaders, porém essas tecnologias ainda trabalham em conjunto, principalmente pelo alto custo de armazenamento em nuvem e a portabilidade de sistemas em fita como os drives e cartuchos LTO.
Softwares para backup, ferramentas indispensáveis
Qualquer tarefa que envolve a cópia de dados de um ou mais dispositivos exige que haja um software gerenciando o processo, seja para fazer backup de apenas um celular ou de um grande servidor corporativo. A maioria dos sistemas operacionais que integram nossos equipamentos domésticos já possuem esse recurso, gerenciando nossas cópias de segurança através de um aplicativo adicional ou de apenas um comando, gerando cópia de dados em dispositivos externos ou em nuvem (datacenters). Ao partirmos para os sistemas profissionais de backup, empresas como a Retrospect, Acronis, Veritas e Veeam são apenas alguns exemplos de desenvolvedores que possuem um portfólio de ferramentas muito útil para mantermos nossos dados seguros.