Os serviços de backup em nuvem têm sido divulgados como uma boa alternativa para empresas de todos os portes, principalmente para quem não quer ser preocupar com a readequação da infraestrutura interna. A suposta facilidade de manter cópia das informações corporativas sempre atualizadas, organizadas, disponíveis e protegidas são o sonho de qualquer administrador de TI, principalmente quando isso não gera nenhum tipo de impacto no dia-a-dia da empresa.
Entendo o porquê do backup
Antes de entrar na moda da nuvem, vale lembrar que qualquer solução de backup é o plano para que recuperação de algum tipo de perda de dados. Por isso precisamos ter em mente onde os dados estão alocados, quais são as possibilidades de cópia, recursos e limitações de cada ambiente, os possíveis planos de contingência e o downtime (tempo sem atividade necessário para reestabelecermos o serviço) tolerado pela aplicação em caso de falha.
Em geral, os dados podem estar assim distribuídos:
- Hospedados em datacenters ou provedores (próprios ou de terceiros);
- Em um ou mais servidores de aplicação internos;
- Em diversos dispositivos como computadores, tablets e celulares;
- Em outros ambientes externos, próprios ou de terceiros.
A melhor política para cada situação
Em aplicações executadas em servidores externos, nem sempre é possível controlar a velocidade do incremento na base de dados, impossibilitando assim um bom planejamento para alocação de capacidade, tanto para o ambiente como seu respectivo backup.
Essa situação normalmente leva o gestor de TI a contratar o serviço de backup corporativo primário diretamente com o provedor que já hospeda a aplicação. Por manter uma única empresa responsável pelo processo, essa decisão pode facilitar o gerenciamento e a cobrança do serviço, porém pode gerar custos desnecessários. Além disso, nem sempre o provedor contratado pode proporcionar a contingência necessária para manter o serviço sempre funcionando, interrompendo inclusive a execução da rotina de backup.
Mesmo sistemas redundantes dentro de grandes datacenters podem ser afetados por ataques virtuais, vírus e outras ameaças como falhas de software ou hardware. Além disso, falhas humanas ocasionadas por manutenções programadas ou atualizações de sistemas operacionais sem o devido cuidado também podem impactar nas operações, gerando a interrupção nos serviços prestados e prejuízo para empresa.
Para minimizar a chance de um possível desastre, manter sempre os dados em duplicidade e fora do ambiente de trabalho pode facilitar a recuperação em casos extremos, principalmente quando não temos o controle sobre o serviço prestado pelo provedor.