Ao pensarmos na segurança digital em geral, existem poucas métricas que podem ser abrangentes e servir como padrão para criar benchmarks significativos. Um dos índices que vem amadurecendo nos últimos anos é o índice Global de Cibersegurança desenvolvido pela ITU ( International Telecommunication Union ), agência da ONU especializada em Telecomunicações.
O Global Cybersecurity Index (GCI) reflete a pesquisa que mede o nível de comprometimento de um conjunto de países com a segurança cibernética. O mapa de calor do GCI classifica os países em distintos estágios (iniciando, amadurecendo, liderando) de comprometimento.
O objetivo dessa extensa medição é criar uma referência para os países avaliarem seu compromisso com a segurança, aumentar a conscientização e criar uma base sólida no mercado interno.
O índice é composto por vários pilares críticos: medidas técnicas adotadas (estruturas, instituições); esforços organizacionais implementados (estratégias nacionais, agências responsáveis); atividades de capacitação (conscientização pública, treinamento profissional, P&D, currículo acadêmico); cooperação (parcerias bilaterais, multilaterais e público-privadas); medidas legais (regulamentos). A maior parte dos dados é coletada por meio de pesquisas e também por dados públicos.
O objetivo vai muito além da coleta de dados: “Para promover uma cultura global de segurança cibernética e sua integração no núcleo das tecnologias da informação e comunicação, o GCI visa minimizar a lacuna visível no nível de envolvimento da segurança cibernética entre diferentes regiões do mundo.”
Olhando para a lista dos países que apareceram no topo no último ano, a maioria dos compromissos é feita de maneira esmagadora na América do Norte e na maior parte da Europa. Países selecionados da Ásia também demonstraram alto comprometimento em todos os cinco pilares.
No estudo da ITU o Brasil aparece na 38º posição.