É comum grandes portais de tecnologia noticiar um golpe por malware em alguma multinacional. Porém, não se engane em pensar que isso acontece apenas em grandes empresas. Usuários comuns têm se tornado alvo dos hackers pela facilidade de infiltração.
Uma das formas mais comuns, é por meio de softwares piratas, afinal, é tentador ver um software que pode ajudar nos processos da empresa, e estão disponíveis de forma “gratuita”.
Porém, trazem consigo diversos problemas de segurança de dados, afinal, são versões modificadas do original, onde foram retiradas principalmente funcionalidades de segurança e verificação de originalidade.
Fontes duvidosas
Os famosos softwares “crackeados” não são distribuídos em sites oficiais, como você já deve imaginar. Para que o usuário faça o download, deve procurar sites alternativos, que normalmente envolvem plataformas de torrent ou sites de download de ferramentas, repletos de softwares deste tipo.
Em alguns casos, existem portais abertos para publicação por qualquer usuário, onde o arquivo pode carregar qualquer tipo de conteúdo, nocivo inclusive.
Nestas páginas existe normalmente uma quantidade enorme de pop-ups de propaganda de forma sequencial. Em alguns casos existe a obrigatoriedade de click para fazer o download.
Além disso, muitas destas páginas abertas podem iniciar downloads automaticamente, novamente entregando possíveis soluções maliciosas diretamente para o computador do usuário. Estes executáveis podem ser de diversos tipos, com sistemas sob controle de hackers como mineradores de criptomoedas, registro de dados digitados ou roubo de informações da empresa, como dados bancários.
Antivírus desligado
Outro grande risco aparece no momento do download. Os softwares piratas normalmente acompanham uma ferramenta para burlar o sistema de ativação original do produto. Assim, o seu sistema operacional acredita estar instalando uma versão oficial.
Entretanto, aí se escondem grandes perigos. A grande maioria deles são detectados como maliciosos por softwares de segurança antes mesmo da execução, assim que é feito o download. Por esse motivo, acabam exigindo que o antivírus e outros sistemas de proteção sejam desligados para que o processo de “crackear” o software aconteça. Expondo o usuário a riscos adicionais que também podem fazer parte do download pirata.
Atualizações
As atualizações disponibilizadas pelas empresas de software não são apenas formas de introduzir novos recursos ou resolver erros, mas servem também para corrigir falhas de segurança.
Programas piratas não recebem atualizações deste tipo, permanecendo com sistemas de segurança antigos e desatualizados, colocando os usuários em risco.
A grande maioria dos softwares originais, se conectam à internet para receber tais atualizações, que são liberadas de acordo com a validação de credenciais de assinantes legítimos. Já as versões pirateadas não realizam esse tipo de conexão, já que elas iriam descobrir o estado crackeado do software e bloqueariam sua execução.
Mal funcionamento
As ferramentas que burlam a verificação de legitimidade do software, funcionam enganando o sistema operacional. Atualizações do Windows, por exemplo, podem “quebrar” alguns recursos ou impossibilitar a utilização de outros.
Imagine utilizar um software pirata em sua empresa, e alguns meses depois do início do uso, com diversas informações, e alguns processos produtivos da empresa dependerem de tal software, ele parar por completo, após uma atualização do sistema operacional. Vai ser uma dor de cabeça.
Você não está desembolsando um valor pelo software, mas de alguma forma você acaba “pagando” por isso.
Além dos riscos de segurança e confiabilidade que acabei de escrever, em ambientes corporativos, há questões de privacidade de dados de clientes e integridade de dados confidenciais. O uso destes programas podem levar a questões legais devido à não aquisição de licenças para uso profissional.
A ideia de obter de graça os aplicativos necessários para o cotidiano do trabalho pode parecer tentadora e capaz de reduzir custos. Na prática, as perdas podem ser bem maiores, com multas, que no Brasil, podem ser de até três mil vezes o valor da aquisição do software. O valor é calculado de acordo com o tamanho da companhia e o número de versões irregulares utilizadas.
Isso vale para instalações feitas pelos próprios funcionários sem o consentimento de superiores inclusive.
Software original é caro?
Depende do ponto de vista e da necessidade da empresa. Em casos de uso do software esporadicamente, talvez o custo realmente se torne caro. Porém, se sua empresa necessita diariamente do software, considerar a aquisição da licença original pode se tornar relevante em questões financeiras. Além disso, o funcionamento dos programas originais normalmente são muito superiores aos pirateados e, também, evita-se todos os problemas de segurança e produtividade citados aqui no artigo.
Fonte: https://www.profissionaisti.com.br/software-pirata-na-empresa-cuidado-para-o-gratuito-nao-sair-muito-caro/