Os Estados Unidos estão limitando o acesso das grandes empresas chinesas de computação à tecnologia americana para as máquinas superpoderosas.
A notícia
De acordo com o Wall Street Journal, o Departamento de Comércio dos EUA impôs novas restrições às exportações de tecnologia que impedirão que cinco grandes fabricantes chineses de supercomputadores usem componentes dos EUA. As restrições impactarão as vendas para as empresas de fabricantes de chips dos EUA, como Intel, AMD e Nvidia.
Os alvos
As empresas afetadas incluem Sugon, de Pequim, e três de suas afiliadas, além do Instituto Wuxi Jiangnan de Tecnologia de Computação. O Departamento de Comércio diz que Sugon reconheceu que os militares chineses estão entre seus clientes. Wuxi Jiangnan é de propriedade do Exército de Libertação do Povo Chinês.
Por que atingir supercomputadores?
Porque as máquinas gigantescas não são usadas apenas para modelagem climática e pesquisa de materiais. Eles também ajudam a desenvolver armas nucleares e outros equipamentos militares, e estão cada vez mais impulsionando a pesquisa de ponta em IA também.
Rivalidade “exascale”:
América ainda possui o supercomputador mais poderoso do mundo, chamado Summit, mas a China está correndo para desenvolver a primeira máquina “exascale” que será cinco vezes mais rápida. Toda pessoa na Terra teria que fazer um cálculo a cada segundo de cada dia, durante pouco mais de quatro anos, para fazer o que um computador exascale fará em um piscar de olhos. A iniciativa dos EUA de restringir as exportações de hardware pode dar uma vantagem neste concurso, mas também deve acelerar os esforços da China para desenvolver fornecedores de chips locais.