Cada vez mais, as empresas destinam uma parte considerável do seu orçamento à aquisição de equipamentos e recursos tecnológicos. Embora eles sejam essenciais dentro de qualquer organização hoje em dia, é importante que os gestores avaliem quanto desse investimento está realmente sendo empregado para desenvolver a inteligência tecnológica nas companhias.
E quanto à sua empresa? O seu setor de TI pode realmente dizer que está investindo em inteligência tecnológica ou apenas em tecnologia? Sabe qual é a diferença? Quer saber qual é a importância desse conceito e como adotá-lo?
Então, não perca este post! Vamos explicar o que é inteligência tecnológica, qual a sua importância e os 4 passos iniciais para desenvolvê-la nas organizações. Confira!
O que é inteligência tecnológica?
A inteligência tecnológica vai muito além da simples adoção da tecnologia. Trata-se de uma nova perspectiva, na qual o grande volume de dados disponíveis nos sistemas é reunido, classificado, organizado e transformado em informações úteis para a análise das organizações.
Seu objetivo não é simplesmente utilizar a tecnologia como mera viabilizadora dos processos operacionais. É um processo sistemático que procura converter dados em conhecimento estratégico, capaz de agregar valor, identificar oportunidades e garantir um diferencial competitivo para a empresa.
Por que desenvolver a inteligência tecnológica nas empresas?
Nas últimas décadas, as empresas passaram por diversas etapas diferentes quanto à incorporação da tecnologia. Em um primeiro momento, ela foi apenas uma substituta vantajosa para recursos que já existiam, agregando facilidades e eficiência.
Foi assim que o computador e a impressora tomaram o espaço da máquina de escrever, por exemplo. As planilhas eletrônicas ficaram no lugar das manuais e o banco de dados virtual substituiu, com muita vantagem, os fichários de clientes, funcionários e fornecedores.
No momento seguinte, foi a vez da automação. Os sistemas passaram a integrar dados e realizar tarefas, mostrando que as empresas têm, no recurso tecnológico, uma alternativa mais barata e eficiente para atividades repetitivas e burocráticas.
Hoje, porém, as empresas vivem um outro momento. A tecnologia já não tem um papel exclusivamente operacional — ela está fazendo parte do cérebro de muitas organizações. Ferramentas de Business Intelligence, Big Data e Inteligência Artificial têm conquistado um papel essencial para a tomada de decisões e a condução dos negócios.
Ao desenvolver inteligência tecnológica, as empresas evitam um problema fatal: a estagnação. Elas também não correm o risco de investir em soluções que já foram desenvolvidas ou já não interessam ao mercado, concentrando os seus recursos em opções com real potencial de lucratividade.
Como desenvolver a inteligência tecnológica nas organizações?
Com a transformação digital a caminho, as empresas não podem se preparar apenas para adotar soluções tecnológicas. Elas precisam, de fato, repensar todo o negócio considerando essa evolução como o eixo central de suas operações.
Portanto, não é só uma questão de agregar soluções, mas de transformar a visão. E como mudanças culturais nem sempre são simples, conheça alguns passos essenciais para desenvolver a inteligência tecnológica nas organizações.
1. Analise o mercado
Perceba que não estamos falando apenas em desenvolvimento tecnológico, e sim de inteligência tecnológica. Portanto, não se trata apenas do investimento e desenvolvimento de opções digitais, mas de identificar e apostar naquelas com maior potencial para se transformarem em diferenciais competitivos relevantes.
Infelizmente, algumas empresas perdem dinheiro no desenvolvimento tecnológico. Isso acontece porque elas focam cegamente nos objetivos que estabeleceram, sem analisar o mercado ou avaliar se o seu esforço está sendo empregado em opções que estão se tornando obsoletas ou irrelevantes.
Por isso, a inteligência tecnológica deve ser precedida por pesquisa e informação. Essa etapa deve levar a empresa a:
- ver como os seus concorrentes estão posicionados na corrida tecnológica;
- conhecer os mercados mais inovadores;
- detectar tanto as tendências tecnológicas emergentes e promissoras quanto as que estão se tornando obsoletas;
- identificar os profissionais conhecidos como referência na área e onde atuam;
- traçar uma curva de evolução de determinada tecnologia;
- descobrir tecnologias capazes de gerar outras;
- visualizar a aplicação de tecnologias já existentes em áreas ainda não exploradas, a fim de encontrar novos nichos de mercado.
2. Transforme a cultura
Não adianta adquirir ou desenvolver ferramentas se os colaboradores não entendem a sua importância nem manifestam disposição para as aprendizagens que ela exige. A inteligência tecnológica só pode ser bem aproveitada quando a mentalidade de “em time que está ganhando não se mexe” for extinta.
Então, em primeiro lugar, a empresa precisa mudar a cultura. Os colaboradores devem entender que, mesmo que a organização esteja ganhando hoje, o jogo de amanhã é diferente e o mercado exige que eles estejam preparados para novas estratégias e novas regras.
Diante desse cenário, é necessário reinventar as funções continuamente. É preciso descobrir como executar as atividades de forma cada vez mais eficiente, mesmo que isso exija um esforço permanente para aprender a utilizar e incorporar novas tecnologias.
Essa transformação precisa fazer com que a busca por novos métodos e a sede por inovação faça parte do DNA do negócio. As pessoas precisam estar engajadas no objetivo de alcançar patamares superiores de performance e resultados por meio da tecnologia.
E não se trata apenas de aprender a utilizar programas e equipamentos, mas principalmente de manter a disposição de orientar a sua atuação por dados. Se eles mostram que é necessário seguir outro caminho, essa possibilidade deve ser analisada e adotada.
3. Invista em tecnologia
Depois da mudança de mentalidade, é hora de investir em tecnologia. Analise o mercado e verifique quais são as ferramentas capazes de provocar maior impacto nos resultados a partir de um mínimo de custos ou adaptações. Ou seja, trata-se de uma maximização do investimento.
Mas não é só isso. Lembre-se de que, nesse conceito, a inteligência é mais importante que a tecnologia. Então, busque os recursos capazes de transformar informações dispersas em uma análise relevante, capaz de conduzir a organização rumo à diferenciação competitiva.
4. Valorize os processos digitais
A Transformação Digital já está acontecendo e muitos especialistas estão apontando que ela tem sido mais rápida que a capacidade de adaptação da maioria das empresas.
Esse quadro cria o que eles estão chamando de Darwinismo Digital: sobreviverão apenas os mais aptos, os que estiverem tecnologicamente mais bem adaptados e conseguirem ocupar a dianteira do mercado.
Por isso, as empresas não podem ficar esperando tudo isso acontecer. É necessário que elas aprendam hoje como digitalizar os seus processos, automatizar tarefas e ganhar eficiência para enfrentar essas novas demandas.
Além da automação, essa digitalização tem outro papel importantíssimo para a inteligência tecnológica. Todas as operações realizadas pelos sistemas passam a fazer parte do conjunto de dados disponíveis para análise.
Dessa forma, as empresas podem adotar um modelo data-driven baseado em informações reais referentes ao negócio. Esses dados serão úteis para prover uma base sólida, útil para a elaboração de relatórios e previsões precisas para as decisões dos gestores.